terça-feira, 13 de maio de 2008

Células-tronco, opção de vida.

O assunto cria polêmica e divide opiniões entre cientistas e religiosos.

A igreja católica se mostra totalmente contra o método. Para a eles, a utilização de embriões humanos para pesquisas científicas e que promove a destruição desses embriões apresenta os mesmos problemas éticos do aborto. "Aprovar uma lei que fere a vida, permitindo o uso de embriões para retirar deles a célula-tronco, terá como conseqüência a destruição de uma grande quantidade de vidas em seu estágio inicial. A liberação de pesquisas com embriões humanos não muda a compreensão que a Igreja tem da dignidade da vida em todos os estágios. A vida tem valor sagrado, ela é inviolável, somos criados à imagem e semelhança de Deus", explica o Pe. Alan Rudz.

Os cientistas alegam que os religiosos deveriam se preocupar mais com as pessoas portadoras de doenças mortais.

De acordo com a médica Tatiana Andrade, as pesquisas vão ajudar principalmente pessoas portadoras de doenças genéticas e degenerativas. "As células-tronco encontradas no cordão umbilical e na medula óssea dão origem a todas as células que formam o sangue e o sistema imunológico. Por isso, são utilizados no tratamento de uma série de doenças que necessitam da regeneração desses tecidos, principalmente doenças mortais", explica a Vanessa Guarise, 23, enfermeira convidada para trabalhar no projeto Cordvida, especializado em armazenar banco de célula-tronco.

Na região de Taubaté, o Ministério Público Federal acha viável o desenvolvimento de pesquisas com células troncos, já que as mesmas são utilizadas para ajudar mulheres com dificuldade em engravidar e todo o material não-utilizado é descartado.



Equipe:
Amanda Gonzalez
Alice de Carvalho
Sérgio Hogolini
Fabiano Porto
Bruno

Um comentário:

Zulma Peixinho disse...

É preciso distinguir células-tronco EMBRIONÁRIAS das células-tronco ADULTAS: as primeiras (embrionárias) não têm potencial terapêutico devido especialmente à rejeição imunológica; dentre as adultas, que também incluem as encontradas no cordão umbilical e na medula óssea, as células reprogramadas iPS se destacam como a melhor alternativa para abordagens terapêuticas.
Não se pode perder tempo, os pacientes têm pressa, muita pressa!
“Pesquisa com células embrionárias fracassou” (www.andoc.es/) – Segundo a Dra. Natalia López Moratalla, catedrática de Biologia Molecular e Presidente da Associação Espanhola de Bioética e Ética Médica, “existem cerca de 600 protocolos que utilizam células-tronco adultas, e não se apresentou nenhum com células de origem embrionária”. As células adultas “possuem o mesmo potencial de crescimento e de diferenciação das células-tronco embrionárias e substituem muito bem as possibilidades de biotecnologia sonhadas para aquelas”. “As últimas descobertas sobre as possibilidades terapêuticas das células-tronco adultas põem em suspeita, abertamente, as duas grandes ‘promessas’ propiciadas pela nova lei espanhola de biomedicina: o uso e criação de embriões para pesquisa, e a chamada clonagem terapêutica”, reiterou.
É importante acrescentar as palavras do Dr. Shynia Yamanaka: “Embryonic stem cells are promising donor cell sources for cell transplantation therapy, which may in the future be used to treat various diseases and injuries. However, as in the case for organ transplantation, immune rejection after transplantation is a potential problem with this type of therapy” (Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci, 363(1500):2079-87, Jun 2008).