terça-feira, 27 de maio de 2008

A ciência é show!

Grupo aposta na ciência divertida para chamar a atenção dos expectadores


Experiências surpreendentes, interação com o público e disseminação da ciência. Este é o grupo “Ciência em Show”, formado no ano de 2000 por 3 cientistas que toparam divulgar a ciência de forma dinâmica e atrativa em suas apresentações.

O grupo, que já participou de vários programas de tevê, conta que a mídia brasileira, mais especificamente a televisão, está despertando para a importância da divulgação científica.

“Existem pesquisas que apontam o assunto 'Ciência' como o segundo tema pelo qual a população mais se interessa, atrás apenas do tema 'Saúde'", diz o grupo.

Em relação à formação científica, o “Ciência em Show” comenta que faltam pessoas capacitadas para produzir um projeto de divulgação científica em massa. “É difícil reunir todos os requisitos para tal. Existem diversos profissionais extremamente competentes no país, entretanto, a academia é bastante conservadora no que se diz respeito a popularização da linguagem científica”, dizem os integrantes do grupo.

Incentivo
Para eles, o apoio que o Governo oferece às pesquisas científicas não é o adequado. “Está longe do ideal. No entanto, nos últimos tempos houve progressos importantes”, finalizam.


Equipe:

Repórter: Moisés Rosa
Produção: Silvia Teles e Tássia Gregati
Edição: Honiley Souza
Coordenação: Paulo Silva

Raios – Uma ameaça que vem do céu

Se você estiver em um local sem abrigo próximo e sentir seus pêlos arrepiarem ou sua pele coçar, cuidado: um raio vai cair. Ajoelhe e curve-se para a frente, colocando suas mãos nos joelhos e sua cabeça entre eles. (Ah, não se esqueça de rezar!)

Prepare-se, pois neste ano o Brasil está sob a influência do fenômeno La Niña, resfriamento das águas do Oceano Pacífico. Por isso houve um aumento significativo na incidência de raios em todo o território nacional, aumentando também o número de mortes.

Segundo dados do ELAT (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o verão de 2008 terminou com mais de 40 mortes causadas por raios. Isso representa mais do que o dobro dos casos registrados no mesmo período de 2007: de janeiro a março do ano passado, 18 pessoas morreram.

No Vale do Paraíba (SP) houve uma morte por raio em 2008, no dia 18 de fevereiro, em Cruzeiro. Um homem de 27 anos trabalhava no plantio de árvores quando foi atingido. Em 2007, o número foi o mesmo. Uma menina de 11 anos morreu no dia 19 de fevereiro, ao ser atingida perto de uma árvore.

A divisa entre São José, Jacareí e Jambeiro, cortada pela rodovia dos Tamoios, tem a segunda maior incidência de raios de toda a região Sudeste do país - 15 raios por quilômetro quadrado por ano. O Vale é uma região com grande incidência de raios também em razão da sua localização e geografia, informou o Dr. Osmar Pinto Júnior, coordenador do ELAT.

Fique ligado:

- Evite lugares descampados (praias, campos de futebol, etc.). Os raios normalmente "procuram" pontos mais altos.

- Não use o telefone, exceto em caso de emergências;

- Não use eletrodomésticos como ferros de passar roupas, tostadeiras ou batedeiras, porque o raio pode seguir o fio. Fique longe da TV.

Curiosidades:

- Qual a diferença entre relâmpagos e raios?
Relâmpagos são as descargas elétricas geradas por nuvens de tempestades. Já os raios são aquelas descargas que, saindo da nuvem, atingem o solo.

- A chance de uma pessoa ser atingida por um raio gira em torno de uma para um milhão.

Para saber mais clique aqui:

(http://www.defesacivil.sp.gov.br/raios.htm)

Foto: INPE/ ELAT


Equipe

Reportagem: Bruna Torres e Douglas Yoshida
Produção: Elizânio Silva
Editor: Anderson Sobrinho
Coordenadora: Eliana Fernandes

terça-feira, 20 de maio de 2008

Brasil adere ao uso de plataformas multimissão.



Nasce uma nova tendência tecnológica mundial. Uma estrutura com versatilidade que permite a montagem dos mais diferentes equipamentos a partir de uma única base, independente do tipo de órbita ou de apontamento.
Também chamada de PMM, as plataformas multimissão têm melhor desempenho e são capazes de um acompanhamento imediato de fenômenos naturais de grande impacto, como incêndios ou terremotos.

Segundo o engenheiro do Inpe, Mário Quintino, “Pelo menos quatro novos satélites brasileiros deverão utilizar a tecnologia”. A nova estrutura possui uma separação física entre os módulos de plataforma e carga útil, possibilitando desenvolvimento, construção e testes individuais antes da integração e teste final.
Com isso o projeto sai mais barato, e com módulos independentes, a reconstrução ou novos projetos de satélites fica mais rápida.

As PMM têm baixo custo de fabricação e já estão sendo produzidas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Dedicado à monitoração dos desmatamentos nas florestas, o Amazônia1 será o primeiro satélite brasileiro baseado no uso da plataforma multimissão. De acordo com o INPE, estima-se que a primeira delas seja finalizada em 2009.



Reportagem: Raquel Cunha
Produção: Michele Pinheiro
Edição: Natália Yoshida
Coordenação: Elaine Rodrigues
Foto: Ana Maria/Inpe

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Tontura passageira

Abalo, sismo, tremor de terra, terremoto. Estes são alguns dos nomes encontrados para classificar a “sacudida” que o Brasil enfrentou em 22 de abril.

Considerado o maior terremoto do país, em dez anos, este, alcançou 5,2 graus na escala Richter que vai de 2,0 a 12,0. O epicentro foi localizado no Oceano Atlântico a 215 quilômetros do litoral paulista, atingindo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
De acordo com o Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB), o tremor durou três segundos e ocorreu por volta das 21h.

Pesquisas da universidade apontam que o último fenômeno nesta dimensão, ocorreu em 1955, no município de Porto dos Gaúchos, em Mato Grosso.

O sismo também foi sentido no Vale do Paraíba(SP) e no litoral norte de São Paulo. Em São José dos Campos, a 91 km da capital paulista, o Corpo de Bombeiros registrou em menos de meia hora 70 chamados. Ninguém se feriu.

FALANDO COM QUEM ENTENDE: Segundo o jornalista, pós-graduado em Jornalismo Científico, Júlio Ottoboni, temos uma falha vizinha no Oceano Atlântico, datada da época das separações dos continentes e a falha do Pacífico Sul, que formou a Cordilheira dos Andes. Mesmo assim temos falhas tectônicas*, dentro do território, que podem causar abalos, como as existentes no Nordeste, no Sul e Sudeste. “Quando essas porções se movimentam, temos o epicentro em solo brasileiro, mas é raro. O que sentimos mais são as ondas de propagação dos tremores destas duas grandes falhas geológicas”, explica.

No Brasil não há registro de tremores de longa duração, como na Califórnia, Japão e boa parte da Europa e dos Países Andinos e em regiões da Ásia, como a Indonésia. “A freqüência dos tremores é que fragiliza as estruturas. Mas estamos longe de ter um terremoto de grandes proporções. Há registros geológicos de vários movimentos da crosta terrestre, mas isto há milhares de anos. Inclusive a formação do Vale do Paraíba(SP) é fruto de um possível grande terremoto”, conta Ottoboni.

Legenda:
* Hein?!?! Tectônicas - Parte da Geologia que estuda as alterações da estrutura da crosta terrestre por ação de forças internas da Terra.

Equipe:
Reportagem: Caroline Alves e Monaliza Theodes
Produção: Jéssica Wiik
Edição: Letícia Baolli
Coordenação: Andréa Curvello

PEQUENAS? SÓ PARA QUEM VÊ


Astrônomos descobrem estrela com massa 90 vezes maior que a do Sol


O Sol é uma estrela, certo? Seu tamanho e seu brilho ofuscam qualquer outra existente no céu? Se você acha que sim, a resposta está errada, sabe por quê?
Na verdade aqueles pequenos pontinhos que iluminam nossas noites são muito maiores do que imaginamos.
Recentemente uma equipe de astrônomos da cidade de São José dos Campos (SP), descobriu uma estrela, ainda em processo de formação, que possui 90 vezes mais massa que o Sol e ainda brilha 300 mil vezes mais do que ele.
A descoberta desta estrela de “alta massa”, como são chamadas estas gigantes da constelação, foi feita por uma equipe de astrônomos, liderada por Cássio Leandro Barbosa, um brasileiro que possui doutorado em Astronomia e atualmente faz parte do corpo docente da UNIVAP (Universidade do Vale do Paraíba).
De acordo com o pesquisador este foi um importante passo para que o Brasil seja reconhecido como um país de ponta em ciência. “Temos um investimento relativamente baixo, quando comparado aos lideres mundiais em pesquisa, mas mesmo assim nossos resultados impressionam pela qualidade”, destaca Barbosa.
Para realizar esta façanha, os estudiosos utilizaram um telescópio de nada mais, nada menos, que oito metros de diâmetro, que fica em um observatório, no Havaí. Ele foi construído no alto de um vulcão adormecido, com 4.200 metros de altura. “Isso faz deste local o melhor do mundo para observações astronômicas”, explica Barbosa.
Estima-se que a estrela W51d, como foi batizada, tenha levado cerca de 300 mil anos para atingir este estágio, sendo que seu tempo total de vida é de aproximadamente três milhões de anos.




VOCÊ SABIA:
Como são batizadas as Estrelas?
Cássio Leandro Barbosa responde:
"s critérios para nomear estrelas são definidos pela União Astronômica Internacional (IAU em inglês). Esses critérios podem seguir diversas vertentes.
Em principio, batiza-se uma estrela (ou objeto astronômico) com a inicial do nome do descobridor. No caso de estudo em larga escala, adiciona-se o numero da região. A estrela W51d indica que ela e a 4ª fonte de radio da 51ª região estudada por Westerhout. Mas também pode ser simplesmente a combinação das coordenadas do objeto no céu, associada ao instrumento que a descobriu.
Por exemplo, a fonte IRAS15445-6109 e um objeto nas coordenadas 15:44.561.09 descoberta com o satélite IRAS.
Mas existem muitas variantes, o nome de um astro pode vir de um catálogo como HD128933 que significa a estrela de numero 128933 do catálogo de Henry Draper.
As estrelas quase sempre têm mais de uma denominação e
depende muito de qual você queira usar."

Foto: Cássio Leandro Barbosa

Equipe:

Natalia Teodoro
Joyce Maíra
Sebastião André
Priscila Martins


quinta-feira, 15 de maio de 2008

Você sabe qual é o papel social da ciência?

Começa nesta quinta-feira (15/05), em São Jose dos Campos - SP, um curso sobre Ciência Social. O evento terá 20 sessões e será realizado no auditório IAI do INPE, contará com palestrantes como o Dr. Roberto Araújo do Museu Parense Emilio Goeldi e o Dr. Diogenes Alves do INPE.
O tema de destaque será “A sociedade como objeto de conhecimento científico, a perspectiva interdisciplinar e o papel social da ciência”.
As palestras serão realizadas no INPE e abordarão temas como Ciências Sociais, Práticas Atuais da Pesquisa Cientifica, que terá como base pesquisas que são realizadas pelo próprio Instituto, tais como PRODES, LBA, GEOMA e ZEE.
O primeiro tema a ser abordado será “A ciência como sistema de classificação do Mundo: a noção de “Lei natural” e as implicações políticas do pensamento classificatório”.
A maior preocupação dos palestrantes é focar nas mudanças ambientais, criando novas paisagens.
A cada semana será realizada uma sessão de duas horas.
Os cursos são gratuitos, feitos para pesquisadores e alunos de pós-graduação do INPE.

Reportagem: Flávia Souza
Edição: Fabiana Esteves
Produção: Maíra Lacerda
Coordenação: Mariana Strabon Zendron

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Parque Tecnológico: Pesquisa, desenvolvimento e inovação.


Atualmente no Brasil, os Institutos de Pesquisas e as Universidades realizam estudos sobre novas tecnologias, entretanto os resultados destes estudos permanecem exclusivamente na área científica sem aplicação prática nas empresas. Neste aspecto o Parque aproxima as áreas de pesquisa da área produtiva, através da sinergia entre as Universidades, Institutos e Empresas.

Situado na rodovia Presidente Dutra, km 137,8 em Eugênio de Melo, com uma área de mais de 1 milhão de metros quadrados de terrenos e 30 mil metros quadrados de área construída. O Parque Tecnológico de São José dos Campos, reúne instituições públicas e privadas que visam transformar conhecimento em riqueza por meio do desenvolvimento de inovações tecnológicas com foco no mercado. Mais de US$ 250 milhões serão investidos no Parque Tecnológico nos próximos anos. O objetivo é desenvolver a inovação com produtos que saiam das Universidades para as empresas, aumentando a competitividade do município na área tecnológica.

No Parque Tecnológico já estão funcionando: CDTA (Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Aeronáutica), APL (Arranjo Produtivo Local) em aeronáutica, Centro de Inovação da Microsoft (MIC), APL em Tecnologia da Informação e Comunicação, Incubadora, Cecompi (Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista), Centro de Eventos. Também existe a Fatec (Faculdade de Tecnologia), que oferece os cursos de Logística, sendo 80 vagas por semestre, e informática (40 vagas por semestre). A Fatec conta atualmente com 520 alunos.

Em outubro, a Prefeitura e a Vale (ex-vale do Rio Doce), firmaram parceria para a instalação do CDTE (Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Energia) no núcleo do Parque, irá desenvolver pesquisas no campo da energia limpa.

As áreas escolhidas para os primeiros estudos são a gaseificação do carvão térmico e da biomassa, a produção de turbinas a gás e álcool e motores de nova geração multicombustíveis, com a aplicação de novos processos tecnológicos ou com a combinação de outras tecnologias, para a autogeração de energia limpa. Para tanto em três anos serão investidos R$ 220,00 milhões de reais em três anos. O empreendimento tem a parceria da Vale do Rio Doce, BNDES e Sigma, que criaram a Vale Soluções Energia para gerenciar o CDTE.

No Centro de Inovação da Microsoft (Microsoft Innovation Center), também localizado no Parque Tecnológico, é oferecido o treinamento: Student to Business. O curso é gratuito e capacita alunos na área de Tecnologia da Informação, facilitando o acesso dos jovens ao mercado de trabalho e suprindo a demanda das empresas por profissionais de Tecnologia da Informação.
Dentro do CDTA, a Embraer realiza o Programa de Especialização em Engenharia (P.E.E), com foco na qualificação de mão-de-obra especializada. O programa atende engenheiros da empresa.
Todos os projetos desenvolvidos no Parque Tecnológico tem base científica. Pesquisa, desenvolvimento e inovação são três características principais que um projeto deve ter para ser implantado no Parque Tecnológico de São José dos Campos.

Entre as atividades promovidas em 2007 no Centro de Eventos do Parque, figuram-se o 8º Congresso Internacional Virtual Educa Brasil e a 6º Feira do Jovem Empreendedor Joseense, realizados de 18 a 22 de junho. Juntos, os dois eventos atraíram cerca de 122 mil visitantes. O grande número de eventos realizados no local mostra a receptividade com que o empreendimento foi recebido pela comunidade empresarial local.

Equipe:

Reportagem: Andréia Santos

Produção: Claudio Monteiro


Edição: Mário Vinagre


Coordenação: Pedro Barbosa




Geometra produz alta tecnologia no campus da Univap

Empresa de alta tecnologia do ramo aeronáutico foi a primeira a se instalar no Parque Tecnológico da Univap

A Geometra BTE, Bureau de Tecnologia e Engenharia Ltda., criada em São Paulo em 1998 e hoje instalada no Parque Tecnológico da Univap, está projetando e fabricando segmentos estruturais e componentes aeronáuticos em parceria com empresas do setor instaladas no Vale do Paraíba.

O impulso que fez a Geometra deslanchar originou-se de um contrato firmado com a Eviation Jets, empresa estadunidense que veio para o Brasil com a intenção de desenvolver e fabricar um jatinho executivo batizado de EV-20 Vantage.

“Ganhamos a concorrência para desenvolver o trem de pouso do Vantage, que a Eviation Jets pretendia produzir aqui na cidade. Foi isso que nos motivou a mudar para cá.”, afirma Luiz Paulo Junqueira, presidente da Geometra.

O Vantage seria todo fabricado em fibra de carbono, material “termoplástico” muito mais leve e resistente que o alumínio aeronáutico e imune à corrosão. A Geometra chegou a desenvolver também o projeto de fabricação da asa do avião nesse material, cuja produção seria feita por uma empresa do ABCD paulista. Mas, devido à falta de recursos, no começo de 2006 a Eviation Jets encerrou o projeto.

“Esse acontecimento acelerou a idéia que já tínhamos de consolidar a Geometra como uma empresa de engenharia que não apenas projetasse produtos para o segmento aeronáutico, mas também coordenasse a subcontratação da fabricação desses itens às indústrias do setor instaladas em São José dos Campos e arredores.”, diz Junqueira.

No ano passado a empresa conseguiu fechar um contrato para a produção de ferramental dos spoilers (superfícies de controle de vôo) do Boeing 737 com a Ducommun Aerostructures, do México, que fornece esse componente para a Boeing.

"Vencemos a concorrência em parceria com a Tracker, aqui de São José, que fabricou o ferramental. Entregamos o material dentro do prazo e preço contratados, consolidando nossa credibilidade como fornecedores idôneos para o setor aeronáutico, o que deverá abrir as portas para novos negócios.”, acrescenta Junqueira.

Outro contrato importante foi fechado com o Comando da Aeronáutica, para a fabricação de trens de pouso para a frota de treinadores Embraer T-27 Tucano empregados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Esses aviões são utilizados na instrução dos cadetes da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), e completarão em setembro 25 anos de uso. Como seus trens de pouso estão atingindo o limite da vida útil, terão que ser substituídos.

O trem de pouso original do Tucano é forjado e depois usinado, sendo caro e demorado para fabricar. Por isso, a Geometra propôs à FAB fabricá-lo a partir de blocos sólidos de alumínio aeronáutico, usinados em fresas digitais de cinco eixos, que dão a conformação final à peça. A utilização desse processo, permitiu que o trem de pouso fosse todo feito no Brasil, barateando os custos.

“Reprojetamos o conjunto, mantendo as dimensões e geometria originais, mas refazendo os cálculos estruturais devido à mudança dos materiais e processo de fabricação. Submetemos o projeto à FAB, que o aprovou e fechou o contrato conosco. As peças estão sendo produzidas em parceria com a Usitec, de Jacareí, com processos de fabricação e inspeção gerados pela Geometra. Os ensaios do equipamento estão em andamento no Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial. O controle de qualidade, montagem e entrega são feitos por nosso pessoal.”, complementa o executivo.

A Geometra quer voar mais longe e mais alto e tem outros projetos promissores no horizonte. Um deles é o de uma roda em materiais compostos, para aplicação aeronáutica, que deverá ser bem mais leve e resistente do que as atuais de metal. Segundo a empresa, se essas rodas forem aprovadas, a redução de peso em relação às de metal, num avião de transporte militar como o Lockheed C-130 Hercules, será da ordem de 60 quilos.

Outro é o de um treinador primário com motor a pistão para substituir os Neiva T-25 Universal, que estão em serviço na AFA há mais de 40 anos. O projeto, conhecido provisoriamente pela sigla TX-C (Treinador Primário Experimental em Fibra de Carbono), é baseado no protótipo K-51 desenvolvido por José Kovács, o mesmo projetista que concebeu o T-25 e também o Tucano. O novo avião será quase que totalmente fabricado em fibra de carbono e terá desempenho bastante superior ao de seu antecessor.

“Temos outros projetos aeronáuticos promissores em andamento, mas não podemos revelar detalhes porque estão ainda em fase de concepção e procura de sócios para viabilizá-los comercialmente.”, finaliza Luiz Paulo Junqueira.


Equipe:
Reportagem e Fotos: Mário Vinagre
Edição: Chico Medina e Andréia Santos
Revisão: Mário Vinagre
Produção: Cláudio Monteiro
Coordenação: Pedro Barbosa

terça-feira, 13 de maio de 2008

Células-tronco, opção de vida.

O assunto cria polêmica e divide opiniões entre cientistas e religiosos.

A igreja católica se mostra totalmente contra o método. Para a eles, a utilização de embriões humanos para pesquisas científicas e que promove a destruição desses embriões apresenta os mesmos problemas éticos do aborto. "Aprovar uma lei que fere a vida, permitindo o uso de embriões para retirar deles a célula-tronco, terá como conseqüência a destruição de uma grande quantidade de vidas em seu estágio inicial. A liberação de pesquisas com embriões humanos não muda a compreensão que a Igreja tem da dignidade da vida em todos os estágios. A vida tem valor sagrado, ela é inviolável, somos criados à imagem e semelhança de Deus", explica o Pe. Alan Rudz.

Os cientistas alegam que os religiosos deveriam se preocupar mais com as pessoas portadoras de doenças mortais.

De acordo com a médica Tatiana Andrade, as pesquisas vão ajudar principalmente pessoas portadoras de doenças genéticas e degenerativas. "As células-tronco encontradas no cordão umbilical e na medula óssea dão origem a todas as células que formam o sangue e o sistema imunológico. Por isso, são utilizados no tratamento de uma série de doenças que necessitam da regeneração desses tecidos, principalmente doenças mortais", explica a Vanessa Guarise, 23, enfermeira convidada para trabalhar no projeto Cordvida, especializado em armazenar banco de célula-tronco.

Na região de Taubaté, o Ministério Público Federal acha viável o desenvolvimento de pesquisas com células troncos, já que as mesmas são utilizadas para ajudar mulheres com dificuldade em engravidar e todo o material não-utilizado é descartado.



Equipe:
Amanda Gonzalez
Alice de Carvalho
Sérgio Hogolini
Fabiano Porto
Bruno

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Buscando um novo jeito de ensinar ciência

Professores se especializam em curso promovido pela AEB

Para auxiliar no ensino da Ciência na escola, professores da rede municipal de São José dos Campos, interior de São Paulo, estão fazendo o curso de Astronáutica e Ciências do Espaço em conjunto com a Agência Espacial Brasileira (AEB).

Com duração de um ano, o curso consiste de cinco módulos: Meteorologia e Ciência Ambiental, Veículos Espaciais, Satélites e Plataformas Espaciais, Experimentos de Astronáutica para Sala de Aula e Sensoriamento Remoto.

Mesmo com o potencial tecnológico existente na cidade, os temas podem parecer um pouco distantes da realidade dos estudantes. O objetivo do curso é aproximar mais o aluno da Ciência, por meio da formação do professor, e fazer com que eles compreendam o quanto somos influenciados por ela em nosso cotidiano.

Durante a formação dos professores são desenvolvidos métodos de ensino com atividades práticas aplicáveis em salas de aula, utilizando recursos baratos e fáceis de serem encontrados. Ainda são realizadas palestras, ministradas por importantes profissionais do cenário científico e tecnológico brasileiro.

Para Lúcia Neves, professora de Ciências da Escola Municipal de Ensino Fundamental "Profª Ildete Mendonça Barbosa", o curso é importante porque oferece muitas opções para trabalhar o conteúdo de sua disciplina com alunos de todas as faixas etárias. "As minhas aulas não são como antes, o curso me ajudou a enriquecê-las", completou Lúcia que fez parte da primeira turma do curso de Astronáutica e Ciências do Espaço, em 2006. A professora também aproveita o contato com profissionais da área para promover palestras nas escolas.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Educação, desde o início da aplicação do curso, 150 docentes de Ciência e Geografia já se formaram e neste ano será iniciada a terceira edição do curso.



Expediente: Moisés Rosa (Coordenador), Honiley Souza (Editor), Paulo Alexandre e Silvia Teles (Produção) e Tássia Gregatti (Repórter)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Alunos do Cephas conquistam prêmio no First Robotics Competition em Atlanta





Os alunos do Cephas (Centro Educacional Professor Hélio Augusto de Souza) de São José dos Campos, desembarcaram na cidade no final do mês de abril. A equipe Cephatron 1860, formada por 25 alunos, estava em Atlanta (EUA) participando do First Robotics Competition .

A competição foi criada em 1989 pelo americano Dean Kamem, com a finalidade de incentivar os estudantes para a ciência e tecnologia. É considerada uma das maiores competições de robótica do mundo.

Neste ano, 380 equipes participaram da final de Atlanta. A Cephatron 1860 foi desclassificada do concurso, devido a problemas que o robô apresentou durante o percurso da prova.

Sander Palma, coordenador do time de robótica do Cephas, explica a dificuldade enfrentada pela equipe:

" Na regional que aconteceu aqui na cidade, o nosso robô teve sua estrutura danificada, devido a uma queda durante o percurso. Pelo regulamento do concurso, após a regional o robô é imediatamente embalado e lacrado para ir para a final em Atlanta. Nós levamos todas as peças necessárias para realizar a manutenção, mas só tivemos um dia para reparar os danos. Consecutivamente tivemos problemas durante a prova "

Mesmo assim, eles retornaram ao Brasil com o prêmio "Judge Award". Nesta categoria de premiação é analisado o trabalho desenvolvido durante o ano anterior ao concurso. Apenas 4 equipes entre as 380 equipes que participaram do campeonato ganharam esse prêmio.

Os alunos além de participar em apresentações de robótica para as crianças da Fundhas, também realizaram o plantio de árvores e organizaram a etapa regional que aconteceu na cidade.

Segundo o aluno Willian de Souza esta foi uma experiência muito importante para a sua vida.

" Foi único, muito valioso, eu nunca esperava ter ido para Atlanta. Foi meu primeiro ano e eu trabalhei muito para desenvolver o projeto. Acabamos superando os nossos próprios limites. Com certeza aprendemos muito e foi uma experiência muito boa. Além de participar do concurso tivemos a oportunidade de conhecer cidades, ir aos museus e parques de diversões " complementa Willian com exclusividade para o nosso Blog.

O trabalho desenvolvido com os alunos do Cephas os aproxima da tecnologia, contribuindo para o aumento de pesquisas relacionadas com robótica no Brasil.

Esta foi a segunda vez que o Cephas participou da final em Atlanta nos Estados Unidos, em 2007 entre 82 equipes eles garantiram o 18º lugar na competição.

Para a equipe o trabalho continua. Sander Palma afirma que será criado grupos de estudos, e nova seleção para alunos novatos terem a oportunidade de ingressar no projeto.

A Cephatron 1860 foi patrocinada pela Johnson e Johnson.

Também participaram do campeonato alunos da Escola Estadual Wladenar Salgado, de Santa Branca, e outras duas equipes do Rio Grande do Sul.
Foto: Time campeão do CEPHAS
Reportagem: Anderson Sobrinho
Produção: Bruna Torres
Produção: Douglas Yoshida
Editor: Elizânio Silva
Cordenador: Eliana Fernandes

terça-feira, 6 de maio de 2008

São José agora terá câmeras que falam

Quem gosta de jogar papel no chão ou dirigir sem cinto de segurança deve tomar cuidado: as câmeras falantes podem repreender você. Pelo menos é o que prevê o novo sistema de vigilância pública de São José dos Campos.

Até o momento, cinco pontos da cidade já possuem a tecnologia instalada: trata-se de caixas amplificadas com sensibilidade de no mínimo 100 decibéis a um metro, ou seja, que pode ser ouvido claramente mesmo de dentro do carro. O objetivo é estimular ações de cidadania.


Além disso, 70 supercâmeras de segurança serão instaladas por toda a cidade, o que facilitará o acionamento de um resgate ou a prevenção a assaltos em locais mais afastados. Assim, mais pontos da cidade estarão sob a vigilância do COI (Centro de Operações Integradas), que desde 2000 viu a taxa de criminalidade na região central diminuir 40%. Com a ampliação do projeto, a estimativa é que essa taxa caia para 60%, dessa vez com maior foco nos bairros residenciais.

A atual transmissão de imagens é feita por meio de fibras óticas. Com a troca do sistema para digital, o mesmo cabo que transmite a imagem de uma câmera poderá transmitir a de 24, devido à tecnologia que utiliza um IP (Internet Protocol), como um site, por exemplo. Cada site tem um IP, ou um endereço; organizando dessa maneira, a transmissão fica mais rápida. ”Há também um projeto em estudo para viabilizar imagens em tempo real no site da prefeitura, para que o munícipe possa verificar o tráfego de São José, por exemplo”, explica o gerente do programa de tecnologias, Jéferson Donizetti de Lima.
Segundo a Secretaria de Defesa do Cidadão, as câmeras serão instaladas a partir de agosto. Prevê-se ainda a criação de um Centro de Controle de Tráfego para São José. As câmeras não só farão a vigilância pública como também poderão servir para flagrar irregularidades no trânsito.
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Equipe:
Reportagem: Natália Yoshida
Produção: Raquel Cunha
Edição: Michele Pinheiro
Coordenação: Elaine Rodrigues
Fotos: Raquel Cunha

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Monomotor ganha novo suporte operacional


Visando aumentar a eficácia de uso dos seus aviões, a Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, situada na cidade de São José dos Campos/SP, criou um sistema de suporte para o treinamento e operação do Super Tucano.

O Super Tucano é uma aeronave leve, potente, com custo baixo de operação e manutenção. Com essas características a aeronave de treinamento 100% brasileira, pode ser considerada uma das mais bem-sucedidas do mundo.

O sistema desenvolvido, é conhecido como TOSS (Training and Operation Support System) e é composto por outros quatro microssistemas, sendo o CBT (Computer Based Training) - sistema de treinamento computadorizado, o FS (Flight Simulator) – simulador de vôo, o MPS (Mission Planning Stations) – estação de planejamento de missão e o MDS (Mission Debriefing Station) – estação de debriefing de missão.

Com esta nova ferramenta todos ganham: os pilotos terão o tempo e a carga de trabalho diminuídos, e os compradores, custo e qualidade.

A empresa instalou as estações, treinou pilotos e mantém apoio permanente. “Nossos clientes estão treinando não só os alunos, mas também pilotos experientes, o que é muito interessante”, relata Willian Moreira, Técnico de Suporte Operacional e Treinamento.

O conjunto de sistemas que compõe o TOSS, foi desenvolvido no período de 1 ano e meio e contou com a participação dos profissionais de vôo, engenheiros, instrutores e mecânicos aeronáuticos.

Foto:
www.airwar.ru/image/idop/other/emb314/emb314-2.jpg


Equipe:
Reportagem: Caroline Alves e Monaliza Theodes
Produção:
Jéssica Wiik
Edição: Letícia Baolli
Coordenação: Andréa Curvello

domingo, 4 de maio de 2008

Meteorologia avisa: cobertores e cachecóis para o Inverno 2008

Depois de um verão e outono pouco convencionais, inverno deste no ano deve ser de dias nublados e frios


Muitas coisas mudaram: comportamentos, interesses, costumes. De uns tempos para cá, até o tempo mudou!

Diversos fenômenos têm modificado algumas características climáticas típicas de cada estação. No verão deste ano, por muitas vezes, os casacos tiveram que sair do armário. No outono, os guarda-chuvas foram acessórios indispensáveis e tempestades chegaram a causar transtornos em cidades do Vale do Paraíba (SP).

O inverno de 2008 começa às 20h59 do próximo dia 20 de junho. E pode ser difícil de acreditar, mas a meteorologia espera dias frios.

Segundo a meteorologista da Somar, Desirée Brandt, a estação mais fria do ano deve sofrer influência do fenômeno La Niña. “A La Niña é o resfriamento incomum das águas do oceano Pacífico, na altura da costa entre o Peru e o Equador”, explica Desirée.

O desvio das frentes frias para o oceano é uma das principais características deste efeito e com isso deve chover menos na região.

Além disso, ventos úmidos que sopram do mar, chamados de circulação marítima, devem deixar o inverno no Vale do Paraíba(SP) com garoa e tempo frio. “As temperaturas máximas, que são aquelas registradas à tarde, ficarão mais baixas, justamente devido ao tempo encoberto. E por causa da grande umidade e da maior ocorrência de ventos, a
sensação de frio por vezes aumenta.”, completa Desirée, explicando um fenômeno conhecido como sensação térmica.

O inverno vai até o dia 22 de setembro, quando começa a primavera.


Equipe
Repórter: Natalia Teodoro
Produção: Joyce Maíra
Edição: Sebastião André
Coordenação: Priscila Martins


Foto
www.pixelperfectdigital.com

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Cair, Levantar, Pesquisar...

Ele anda como uma criança. É feito de alumínio, acrílico, e pesa 300 gramas. A imitação das pernas humana flexionadas e esticadas ainda é desengonçada e, de acordo com seus criadores, “a maior dificuldade foi a parte mecânica, buscar o equilíbrio”. O robô bípede foi desenvolvido pelos alunos João Valdecir Bento e Leandro Camargo do último ano de Engenharia Elétrica da Univap – Universidade do Vale do Paraíba, em São José dos Campos - SP.

Segundo o coordenador do curso, professor Doutor Luis Felipe Wiltgen Barbosa os alunos constroem o robô em uma disciplina e fazem o robô como um todo “desde seu design à construção de peças e a programação” complementa.

A montagem da máquina durou cerca de quatro meses, desde sua criação até completamente pronto, “Quando é uma máquina mais sofisticada necessita de oito a dez meses de construção”, acrescentou Wiltgen. E seu custo pode variar entre R$ 800,00 e R$ 1.500,00.

A cada semestre os alunos são desafiados a fazer uma criação ou implementarem melhorias nos projetos. Com tanta criatividade e talento fica a curiosidade de saber o que vem por aí. Você tem alguma opinião? Coloque nos comentários logo abaixo...


Reportagem : Mariana Strabon Zendron
Produção : Maíra Lacerda
Coordenação : Flávia Souza
Edição : Fabiana Esteves